Carl Rogers




Oi galera que lê o meu blog, tudo bom com vocês?Comigo está tudo ótimo. Carl Ransom Rogers nasceu em Oak Park, Illinois em 1902 e faleceu  La Jolla, na Califórnia em 4 de fevereiro de 1987. Formado em História e Psicologia aplicou a educação princípios da Psicologia clínica, área em que atuou por mais de 30 anos. Um desses príncipios é a chamada terapia centrada no cliente utilizando técnicas de reformulação e clarificação dos sentimentos buscando uma atitude de maior aceitação dos sentimentos do cliente por parte do terapeuta. Rogers é considerado um representante da corrente Humanista em educação.Concebe o ser humano como sendo bom e curioso e que precisa de ajuda para poder evoluir.Daí a necessidade de técnicas de intervenção facilitadoras.No Brasil suas idéias se difundiram na década de 70 em confronto direto com as idéias comportamentalistas de Skinner.É nessa década que Rogers dirige sua atenção de maneira prioritária a educação, propondo uma pedagogia experencial centrada no aluno.Acredita que os alunos aprendem melhor, são mais criativos e mais capazes de solucionar problemas quando os professores proporcionam um clima humano e de facilitação.Para o Rogers a liberdade em sala de aula é justamente a possibilidade do aluno descobrir a aprendizagem e poder refletir para o professor o que ele está sentindo para encontrar novos caminhos, ou seja, a aula deixa de ser padronizada e idêntica para todo mundo, há uma entrada do aluno nela, uma participação ativa e real onde há liberdade dele está se expressando na vontade de aprender ou dirigindo a própria aprendizagem, os insights, os grandes momentos de descoberta ele não guarda pra si, ele coloca ali no grupo e o professor tem que estar muito preparado para acompanhar porque senão a ditadura do conteúdo sufoca a liberdade do aprender. O professor para trabalhar nessa abordagem precisa desenvolver uma escuta sensível. Sensível ao aluno no sentido da pergunta do aluno. Ele precisa ter uma certa paciência, um compromisso com essa escuta.A escuta sensível é a escuta sem julgamento.A escuta capaz até se for no caso de uma brincadeira ou de uma falta de atenção colocar o limite, mas primeiro ouvir.Isso é extremamente importante.Essa escuta que vai se fazendo sensível ao ato de aprender e ao significado que essa aprendizagem vai ter na construção dessa pessoa. Para Rogers é uma pessoa em construção e não um aluno construindo apenas comportamentos acadêmicos.Quando alguém exprime um sentimento, atitude ou opnião nossa tendência quase de imediatamente sentir está certo, que besteira ou não é normal. Raramente permitimos a nós mesmos compreender precisamente o que significa para essa pessoa o que ela está dizendo. A questão da pessoa é fundamental nessa abordagem, a pessoa inacabada. Se o crescimento físico para num determinado momento, o desenvolvimento da pessoa não para nunca.A escola recebe uma pessoa inteira, não somente um aluno.A facilitação significa uma situação em sala de aula em que o professor se coloca, porque ele tem uma escuta sensível e acessível ao aluno como indivíduo e ao grupo como um todo e pela empatia ele vai fazendo com que a aprendizagem seja conduzida de uma maneira em que ele funcione não como aquele que ensina, que cobra e que enche o pote do aluno de conteúdo, pra depois ele poder cobrar mas é aquele que vai ensinando e vai conduzindo de uma forma consciente, rigorosa e afetiva o aluno aprender e a entender o significado, criar sentido, buscar sentido para aquilo que é novo para ele fazendo uma corrente onde os aprendizados vão formando o conteúdo completo e interior de cada um para o significado da própria vida.Quando tento ouvir-me e estar atento ao que experimento no meu íntimo, quanto mais procuro ampliar essa atitude de escutara os outros, mas respeito sinto pelos complexos aspectos da vida. Sinto-me mais feliz simplismente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles mesmos. Mas paradoxalmente à medida que cada um tenta ser ele mesmo descobre que não apenas muda mas que às pessoas com quem ele tem relações mudam igualmente.Aceitar não é concordar. Ela vem antes de tudo, aceitar que às pessoas são diferentes, aceitar que às pessoas tem momentos que não estão idênticos aos nossos. O professor está dando aula, tenha certeza que ele fez o máximo mas o comportamento de alguns alunos fere, porque os alunos não estão reconhecendo isso.Como é que é essa história na cabeça dele?Só que há momento que precisa compreender e aceitar que as pessoas estão com os seus outros conteúdos ali, dialogar aceitando o outro, olhando para o outro é diferente de concordar. O concordar pode ser um lavar as mãos.Vocês não querem aprender?Então danem-se.Na abordagem seria isso.Eu até posso dizer para o aluno eu entendo o que você está passando mas não concordo com a forma que você está manifestando.Em príncipio ele se sente aceito.Isso deve ser muito difícil, é um momento difícil pra você mas esse seu jeito de manifestar não posso concordar.Você não pode agredir o outro.Eu concordo que a profissão fique cada vez mais interessante e cheia de vida porque em príncipio está se professando a fé no ato de aprender do outro. O grande problema é que o professor precisa se preparar para outro paradigma não o de que o conteúdo é tudo. Algumas pessoas aprendem ouvindo outras pessoas precisam conversar para aprender, precisam entender e discutir.Outros rabiscam, enfim são inúmeras formas de aprender.A dificuldade do professor é muitas vezes querer passar o conteúdo de um jeito só.Esse conteúdo não é para ser absorvido tal como foi passado e sim para ter um sentido.Na medida em que o professor perde o medo de errar ele perde o medo de não saber o que o aluno perguntou.Ele é real e verdadeiro naquele momento.Ele garante o respeito.Essa questão que permeia essa construção do humano.O professor também estar numa situação de aprendizagem.O ensinar é uma consequência de colocar-se em aprendizagem.Quem parou de aprender também parou de saber ensinar.O menino com uma dificuldade muito grande afetiva, uma criança muito complicada, com muita dificuldade de conviver e de aprender.Isso mostra que essas coisas andam juntas: conviver e aprender. Aos poucos fomos trabalhando com ele e com a mãe. Ele era um menino submetido a castigo muito grande, por exemplo, ajoelhar no milho. Um menino que não trabalhava muito bem as emoções, não chorava e não ria, sempre muito fechado.Num trabalho dele junto com a mãe, conversando junto, ela disse que iria começar a fazer o que nós fazíamos na escola, disse que ia dialogar e colocar limite e não ia mais bater e se comprometeu. Ele teve uma atitude pela primeira vez de uma emoção forte, de entender o que estava se passando com ele, de expressar isso e com isso essa barreira foi caindo, foi se aproximando e fazendo parte cada vez mais daquele grupo, daquela vida, das coisas que aconteciam ali na escola, da pré-escola.E depois ele foi para o primeiro grau e um dia ele apareceu com a professora.A experiência é para mim a suprema autoridade nenhuma idéia de qualquer outra pessoa, nenhuma das minhas próprias idéias tem a autoridade que se reveste a minha experiência. Sinto que o único aprendizado que me influencia significativamente o comportamento é o aprendizado auto descoberto, autoapropriado. O poder pessoal é esse poder que é só seu, por isso é pessoal, é você se colocar no mundo, eu estou aqui, eu preciso disso, eu quero isso. Não é poder ditatorial, não é poder hierárquico, não é poder atribuído pelo outro, dado, ele é conquistado, ele é um direito.Ele é bom, um poder do bem. O professor ser congruente faz parte da sua característica de facilitador. Eu não posso ser uma facilitadora se eu não me conheço, se a minha atitude não é congruente com que eu sinto e estou vivendo. Aprendi com as minhas relações com as pessoas que não ajuda a longo prazo agir como se eu fosse alguma coisa que não sou. A aprendizagem pode ser facilitada se o professor for congruente se ele for a pessoa que verdadeiramente é e se tiver consciência plena de suas atitudes. Inicialmente o Rogers como terapeuta ele começo a discutir a partir do indivíduo. Então se falava que era uma abordagem que não dava conta do grupo. Depois o Rogers começou a ser o precursor dos trabalhos em grupo, a importância dos trabalhos em grupo. O limite não é impedir mas é aquele momento em que há a parada necessária. O limite protege, com as crianças da pré-escola eu percebi uma ausência de limites. Uma falsa idéia de poder que os pais acabam dando e os professores também. Pode tudo e não pode nada. O limite é o não necessário. Por aprendizagem significativa entendo aquela que é mais uma acumulação de fatos é uma aprendizagem que provoca uma modificação quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas atitudes e personalidades. Verifica-se mais facilmente uma aprendizagem significativa quando as situações são percebidas como problemáticas. Uma preocupação que existe em relação a essa abordagem é dela ficar muito mais no lado emocional do comportamental e deixar de lado os conteúdos importantes para que os alunos tenham acesso às carreiras. Mas isso não é verdade. É a condução de um processo de uma forma diferente que não diminui a importância do conteúdo, apenas não deixa que ele dite as normas.Se ele não tem significado ele é esquecido. Às vezes os alunos dizem assim: "Você perguntou alguma coisa do bimestre passado?"e daí eu errei.Ora mais um bimestre já errou, ele quer saber se não vai cair a matéria do outro bimestre que ele já devolveu que é a famosa educação bancária do Paulo Freire.Já recebeu e já devolveu e ficou vazio de novo com vagas lembranças.Isso não é uma educação de qualidade.Uma educação de qualidade é levar a pessoa também a buscar na sua liberdade de aprender mais elementos para construir aquilo que está sendo discutido e o que está em pauta.O  indivíduo hoje nunca se falou tanto que a sociedade muda rapidamente não tem mais um lugar, um futuro para ele pré-determinado, é esse conteúdo que põe o aluno lá.Na escola lidamos com anorexia, drogas e violência.A escola é uma surpresa também para os próprios educadores.É preciso encontrar caminhos.Como posso ter certeza que o mercado rceberá uma determinada pessoa se ela tem determinado conteúdo, por exemplo se a pessoa tiver tolerância, capacidade de lidar com frustação, interesse em aprender, descobrir caminhos de aprendizagem, buscar informações, relacionar-se, lidar com suas emoções e lidar com o grupo, ela vai ter mais sucesso, do que se ela só souber o conteúdo.Para a maioria dos educadores, o conhecimento existe para ser utilizado.Como diria Carl Rogers " Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele."

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Abraços,

Rebeca Lucena Dantas

Pedagoga

Discente do Curso de Pedagogia-UECE/CE

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